História da Física de Partículas – Parte I
Neste e nos próximos
textos farei um resgate do histórico da física de partículas. Como o assunto é
extenso e existem muitos detalhes muito interessantes de serem contados, farei
em três partes este resgate.
Começamos pelas
primeiras descobertas e medias em torno do elétron, as partículas positivas e
neutras e assim por diante. Então boa leitura e ótimas descobertas.
No final do século XIX,
pensava-se que a física enquanto ciência havia chegado ao seu limite de
conhecimento. Dizia-se que neste momento tratava-se apenas de melhor sua
precisão e pouco de novo poderia ser descoberto.
A mecânica clássica e a
termodinâmica explicavam o cotidiano e a física eletromagnética era explicada
pelas equações de Maxwell. Porém não havia ainda explicações para o espectro do
corpo negro (corpos cujas radiações emitidas são muito maiores que as radiações
absorvidas), forma de produção de energia do sol, não havia um conceito formal
de galáxia e não se tinha conhecimento sobre a estrutura atômica.
Já em meados do século
XIX, a maneira mais controlada de estudar correntes elétricas era utilizando os
chamados raios catódicos, e John Thomsom questionava-se quanto à natureza
destes raios que dentro de uma lâmpada de gás a baixa pressão emitia luz.
Planejou e pode medir a razão entre a carga e a massa das partículas que
produziam estes raios. Seu experimento obteve que a razão entre estas duas
grandezas físicas era praticamente constante para qualquer gás dentro do bulbo
de vidro, isso significava que era uma espécie de partícula que constituía os
raios catódicos e mais, através do experimento usando chapas que possibilitavam
variar o campo magnético, Thomsom conseguiu identificar que as partículas que
formavam os raios catódicos possuíam cargas negativas. Nesta mesma época foram
descobertos raios de partículas carregados positivamente. A carga da partícula
carregada negativamente fora medida por Robert Millikan.
Após a descoberta dos
raios carregados positivamente, e dos raios carregados negativamente, sem poder
separar sua origem propriamente dita, Thomsom em 1904 propôs um modelo para o
átomo que misturava as duas espécies de partículas, o chamado Modelo de Pudim de Passas. Neste modelo, Thomsom
sugeriu que o átomo seria uma esfera massiva de carga positiva cuja massa
estaria distribuída uniformemente e as cargas negativas por sua vez estaria
distribuída nesta massa. Neste modelo então havia sido colocado uma das
primeiras e mais úteis partículas: o elétron.
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